sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Análise da escrita da criança




UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS (DCHL)
DOCENTE: Mª CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCIPLINA: METOLDOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DICENTE: ÉRICA SILVA
VI SEMESTRE DE PEDAGOGIA NOTURNO



                       Analise da escrita da criança

  Com base nas leituras, discussões e conforme proposto em sala, foi feito um trabalho de observação e análise da escrita  de uma determinada criança e sob suporte teórico do livro: “Alfabetização Método Sociolinguístico: Consciência Social, Silábica e Alfabética em Paulo Freire-Onaide Schwartz Mendonça, Olympio Correa Mendonça”, apresento aqui os resultados da atividade que desenvolvi.
   A criança observada foi Alessandra que tem 5 anos e 6 meses e mora na zona rural do município de Jaguaquara-Ba. Por isso durante toda a atividade trabalhei com ela temas inerentes ao ambiente em que vive como por exemplo: cavalo, flor, árvore e as pessoas com quem mais convive, a mãe e o avô.
Alessandra ingressou na  pré- escola em 2014,  e conhece apenas as letras que formam seu nome, ou ao menos sabe escrevê-las. Visto que quando eu a questionei sobre as letras que formam seu nome, ela apenas reconheceu a letra “A”. Já as outras palavras que usei, ela apenas desenhou ,de acordo com seu entendimento uma figura que representasse a palavra citada por mim. O que demonstra que a criança ainda se encontra no nível pré-silábico, pois de acordo com o os autores:

  “ no nível pré-silábico[...], o aprendiz pensa que pode escrever com  desenhos, rabiscos letras ou outros sinais graficos, imaginando que a palavra assim escrita representa a coisa a que se refere.”
                                       (2007,p.45).

   No entanto, há um certo avanço , no sentido de que já não representa a si própria com desenho, mas com as letras do próprio nome, e começa a perceber que as palavras não representadas por letras  e não por desenhos. Isso ficou nítido quando pedi pra  que ela escrevesse a frase: o carro de vovô é grande, e ela respondeu que não conhecia as letras para escrever o que foi pedido. A orientei a fazer da forma que soubesse, ela então a representou com um desenho só carro e foi descrevendo a imagem : “ aqui na gabina fica vovô e em cima( carroceria coberta) tem os bancos que as pessoas vai pra rua. ( o avô  faz o transporte de feirantes para a cidade durante a semana num espécie de pau-de -arara).
  Chamou-me atenção o fato dela gostar de livros ilustrados e contar para os primos menores a história de acordo com as imagens, fazendo uma leitura , mesmo que não seja da história como está escrita, através da tradução das imagens e recriando a história conforme sua imaginação vai permitindo. Ressalto também que a criança tem um espaço muito favorável para o desenvolvimento, com livos, textos espalhados pelo quarto, colorido, e as paredes cheias de rabisco, além da liberdade que tem para ler, rabiscar, desenhar,pintar e escrever.
  Após as leituras e ao acompanhar  a criança ao desenvolver esta atividade, pude perceber que ela ainda não está alfabetizada, não conhece as letras e ainda representas as palavras de forma icônica, estando então no nível pré-silábico , de acordo com a teoria da psicogênese da língua escrita, porém já há um certo avnço pelo fato de já reconhecer que são necessárias letras para representar as palavras e não apenas desenhos. Como traz os autores ainda na pág.45, quando abordam a questão do aprender as letras do próprio nome ,o aprendiz percebe que a palavra escrita representa  não a coisa diretamente, mas o nome da coisa. Vale ressaltar que essa conclusão não é um diagnóstico, é baseada apenas na observação e nas leituras conforme proposta da disciplina.

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