UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
(UESB)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
(DCHL)
DOCENTE: Mª CONCEIÇÃO FERREIRA
DISCIPLINA: METOLDOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
DICENTE: ÉRICA SILVA
VI SEMESTRE DE PEDAGOGIA NOTURNO
Analise da escrita da
criança
Com base nas leituras, discussões e conforme
proposto em sala, foi feito um trabalho de observação e análise da escrita de uma determinada criança e sob suporte
teórico do livro: “Alfabetização Método Sociolinguístico: Consciência Social, Silábica
e Alfabética em Paulo Freire-Onaide Schwartz Mendonça, Olympio Correa
Mendonça”, apresento aqui os resultados da
atividade que desenvolvi.
A criança observada foi Alessandra que tem 5 anos e 6 meses e mora na
zona rural do município de Jaguaquara-Ba. Por isso durante toda a atividade
trabalhei com ela temas inerentes ao ambiente em que vive como por exemplo:
cavalo, flor, árvore e as pessoas com quem mais convive, a mãe e o avô.
Alessandra ingressou na pré- escola em 2014, e conhece apenas as letras que formam seu
nome, ou ao menos sabe escrevê-las. Visto que quando eu a questionei sobre as
letras que formam seu nome, ela apenas reconheceu a letra “A”. Já as outras
palavras que usei, ela apenas desenhou ,de acordo com seu entendimento uma
figura que representasse a palavra citada por mim. O que demonstra que a
criança ainda se encontra no nível pré-silábico, pois de acordo com o os
autores:
“ no nível pré-silábico[...], o aprendiz pensa que pode escrever
com desenhos, rabiscos letras ou outros
sinais graficos, imaginando que a palavra assim escrita representa a coisa a
que se refere.”
(2007,p.45).
No entanto, há um certo avanço , no sentido de que já não representa a
si própria com desenho, mas com as letras do próprio nome, e começa a perceber
que as palavras não representadas por letras
e não por desenhos. Isso ficou nítido quando pedi pra que ela escrevesse a frase: o carro de vovô é
grande, e ela respondeu que não conhecia as letras para escrever o que foi
pedido. A orientei a fazer da forma que soubesse, ela então a representou com
um desenho só carro e foi descrevendo a imagem : “ aqui na gabina fica vovô e
em cima( carroceria coberta) tem os bancos que as pessoas vai pra rua. ( o
avô faz o transporte de feirantes para a
cidade durante a semana num espécie de pau-de -arara).
Chamou-me atenção o fato dela gostar de livros ilustrados e contar para
os primos menores a história de acordo com as imagens, fazendo uma leitura ,
mesmo que não seja da história como está escrita, através da tradução das
imagens e recriando a história conforme sua imaginação vai permitindo. Ressalto
também que a criança tem um espaço muito favorável para o desenvolvimento, com
livos, textos espalhados pelo quarto, colorido, e as paredes cheias de rabisco,
além da liberdade que tem para ler, rabiscar, desenhar,pintar e escrever.
Após as leituras e ao acompanhar
a criança ao desenvolver esta atividade, pude perceber que ela ainda não
está alfabetizada, não conhece as letras e ainda representas as palavras de
forma icônica, estando então no nível pré-silábico , de acordo com a teoria da
psicogênese da língua escrita, porém já há um certo avnço pelo fato de já
reconhecer que são necessárias letras para representar as palavras e não apenas
desenhos. Como traz os autores ainda na pág.45, quando abordam a questão do
aprender as letras do próprio nome ,o aprendiz percebe que a palavra escrita
representa não a coisa diretamente, mas
o nome da coisa. Vale ressaltar que essa conclusão não é um diagnóstico, é
baseada apenas na observação e nas leituras conforme proposta da disciplina.
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